segunda-feira, 31 de maio de 2010

O Índio

Seu nome era Sebastião; seu apelido Índio. Era bem moreno, possuía cabelos lisos e pretos; era magro e media em torno de 1,75m. Quanto o conheci tinha mais ou menos quarenta anos. Na salinha onde eu dava aula sentava-se ao fundo, participando das conversas mais habitualmente quando estimulado, com breves palavras, prestando, no entanto, sempre atenção.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

O companheiro irritado

Ele chegava irritado a nossas reuniões aos sábados de manhã.

domingo, 16 de maio de 2010

Moto contínuo

Como é que as pessoas conseguem explicar a razão certas coisas sem buscar nas profundezas de nossa alma no passado, nos arquivos de nossas vidas anteriores? È lá que poderemos encontrar a origem da facilidade de aprendermos, por exemplo, determinado intrumento musical ou certa língua estrangeira. Neste lugar tão misterioso encontraremos a razão de antipatias sem explicação e afinidades tão latentes. Escarafunchando estes arquivos, poderemos encontrar a causa de graves enfermidades, de sérios acidentes e de mortes inesperadas.

sábado, 8 de maio de 2010

A menina

Ela era uma menina linda! Tinha cabelos cacheados, castanho-claros feito a mãe. Olhos vivos, alegres, castanhos também. Espevitada e alegre era a felicidade da casa. O pai referia-se a ela como seu tesouro, a luz dos seus olhos, a alegria de sua vida. Dizia que por causa dela tivera forças para seguir adiante desde a morte da esposa, que havia conhecido na adolescência, na escola onde estudavam.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

O Coronel

- Perdoa, Coronel, perdoa...

- Passa fora, peão! Eu já lhe dei muitas chances. Agora não dá mais!

- Mas eu tô velho, Coronel. Como é que eu vou fazer sem trabalho?

- Você tá velho nada. O que você tem é lerdeza, preguiça... Não dá mais! Já falei! Não discuta!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Medicina espiritual

Algumas pessoas se perguntam se existe mesmo medicina espiritual, curas e intervenções cirúrgicas realizadas pelos nossos amigos espirituais. De minha parte não tenho a menor dúvida em dizer com segurança que elas existem. De todo modo, repito o que já disse em outra ocasião: a ajuda espiritual não dispensa tratamento médico. Tanto é assim que no filme que vi sobre a vida de Chico Xavier neste fim de semana há duas cenas em que Chico recebe tratamento médico: a primeiro quando se consulta com um oculista e a segunda quando se encontra internado num hospital. Ora, se o maior médium brasileiro, socorria-se dos médicos, não há porque se entender que a medicina espiritual possa resolver todos os problemas. Em tudo há que se ter o devido bom senso.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

A ajuda da tia

Ele chegou e foi falando pra tia:

- Me ajuda tia, me ajuda...

Ela, que era professora, sentiu alguma coisa estranha, mas não se deu conta da presença do rapazinho. Ele prosseguiu:

- Me ajuda tia, me ajuda... Estou ferido...

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Ele chegou vociferando

Ele chegou vociferendo: - Como vocês ousam me trazer aqui sem a minha permissão? Que ousadia! Vocês vão ver! Iremos acabar com esta reunião!Covardes! Me pegaram na covardia, desprevenido! Vocês não sabem com quem estão se metendo!

quinta-feira, 25 de março de 2010

O gordo

Hoje gostaria de falar sobre a atuação do pensamento em nossas vidas, particularmente quando estamos desencarnados. Para este fim, veja-se o que diz o Livro dos Médiuns acerca da liberdade que tem o espírito de adotar a forma que deseja, através da ação do pensamento sobre o perispírito, conforme consta na Parte Segunda, Capítulo I – Da ação dos espíritos sobre a matéria – item 55, que reproduzo parcialmente:

segunda-feira, 15 de março de 2010

Os arruaceiros

Eles não queriam saber de nada. A não ser de diversão. Gostavam de zoar os outros. Brigas também não eram problema! Vinham de ônibus até a estação das Barcas e atravessavam para o Rio, onde trabalhavam, em funções mais simples. Eram boys, operadores de máquinas xerox, contínuos, etc...

domingo, 14 de março de 2010

O magricela

Nasceu magrinho. Mirradinho, coitado. A avó falou: - esse menino não vai vingar! Fizeram rezas e promessas. Enfim, o garoto vingou. Cresceu do mesmo jeito: magricela. Magro e miúdo.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Mensagem - 02/03/2010

Esta semana quem se manifestou foi a freirinha. Assim a chamo pelo carinho que tenho por ela, uma entidade amorosa, evangelizada e atuante na espiritualidade. Via de regra é ela ou o preto velho que trazem a mensagem de encerramento da reunião mediúnica da qual participo. Talvez algumas pessoas estranhem essa proximidade entre os dois, afinal, os pretos velhos são mais comuns nas religiões de origem africana, enquanto que as freiras são ligadas ao catolicismo. Ledo engano. Certa vez a freirinha me esclareceu que na espiritualidade existem muitos trabalhos comuns, com os espíritos de origem religiosa diferente trabalhando pelo mesmo fim: o bem das criaturas. Afinal o que mais interessa?

quarta-feira, 3 de março de 2010

Cirurgia espiritual

Em fevereiro contei a estória da cirurgia espiritual pela qual passou minha esposa, realizada pelo Dr. Rodolfo. Hoje vou contar como me livrei temporariamente de uma varicocele que me incomodava muito em outra cirurgia realizada pelo mesmo médico espiritual. Lá vai.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Mensagem - 23-02-2010

Esta semana meu amigo preto velho nos deixou a seguinte mensagem.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O peixeiro

Quando morava na antiga rua Barros, na casa de meus pais, durante a infância, via passar pessoas apregoando suas mercadorias: o peixeiro, o vendedor de tringue-lingue, o amolador de facas...Ainda havia leiteiro e padeiro que entregavam a mercadoria em casa, anotando no caderno para pagar no fim do mês. Entre aquela época e a de agora muitos anos se passaram, pois estou falando de coisas que não são mais comuns. Minha mulher diz que sou saudosista, no que talvez tenha certa razão, mas quero lembrar destes mercadores, digamos assim, para lembrar de um deles: o peixeiro.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Meu amigo Beto

Você já conheceu alguém com quem, de cara, estabeleceu uma sintonia instantânea? Alguém desconhecido, mas, sabe-se lá por que motivo, em pouco tempo, o papo rola solto, descontraído, gostoso?Às vezes a gente não fala assim: - eu te conheci agora, mas parece que te conheço há um tempão! Ô coisa boa quando isso acontece, não é verdade? Sentir-se à vontade, poder falar com liberdade, sabendo que o outro está lhe compreendendo. Isto é muito legal. Era assim comigo e o Beto.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Amigos espirituais - Dr. Rodolfo (1)

O capítulo 9 da parte segunda do Livro dos Espíritos trata da intervenção dos espíritos no mundo corporal. E, para início desta conversa, vejamos o que diz a pergunta 489:

489 Há Espíritos que se ligam a um indivíduo em particular para protegê-lo?

– Sim, o irmão espiritual; é o que chamais de bom Espírito ou bom gênio.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

O chefe habilidoso

Em uma outra cidade diferente da estória anterior vivia um outro empresário riquíssimo. Este, no entanto, diferentemente do outro, era conhecido por sua habilidade e paciência com os seus funcionários. Além disso, era notório o seu senso de justiça. Não passava a mão a mão na cabeça de ninguém - como se diz popularmente - e sabia corrigir com firmeza, sem perder a linha.

sábado, 23 de janeiro de 2010

O chefe irascível

Numa próspera cidade vivia um empresário muito rico. Ele havia começado do nada e provinha de uma família muito humilde. Porém, à custa de muito trabalho havia construído considerável fortuna. Era inteligente, persistente, ambicioso, hábil negociador e percebia com facilidade novas oportunidades de negócios. Enfim, era um homem de visão e sua empresa prosperava a olhos vistos. Porém, do alto de sua fortuna, do seu poder, do seu merecido prestígio empresarial, não sabia perdoar as falhas de seus subordinados, punindo-os tantas e tantas vezes com a demissão. Além disso, era extremamente vaidoso. Sua empresa entretanto crescia, já que como homem de visão que era sabia cercar-se de bons auxiliares. Não suportava, todavia, que aparecessem mais do que ele.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

E o Morro das Contas?

Um observatório, no seu sentido comum, deve ficar em um lugar alto, isolado, onde se possam observar as estrelas. Então, fiquei me perguntando onde ficaria este observatório.Quem sabe um lugar onde eu já estivesse estado?

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Observatório espiritual?

A respeito do observatório já falei. Todavia, qualifiquei o observatório como espiritual. Assim, cabe uma explicação de porque designá-lo deste modo.
Bem, acontece que sou espírita há uns trinta anos aproximadamente. Foi quando morava em Mogi das Cruzes, São Paulo, que comecei a me interessar por estas coisas. E, certo dia, conversando com um colega de trabalho, resolvi conhecer a Ordem Rosacruz. Durante um tempo recebi semanalmente uma espécie de apostila, que deveria estudar. Eram quatro por mês, uma por semana. De todo modo, não encontrei sintonia com o seu conteúdo. Minha busca então continuou.

Porquê observatório?

Em sentido comum observatório é o lugar onde são feitas observações astronômicas; de onde são vistos os astros, as estrelas, as galáxias, as constelações, os cometas, etc… Numa outra acepção pode ser um mirante, de onde vemos uma paisagem, um rio, um vale, uma cidade, uma cachoeira. De todo modo, observatório é um local de onde se vêem as coisas, de onde se aprecia e examina aquilo que se vê.
Na vida comum o nosso observatório pode ser a mesa de um bar, uma cadeira de praia, a janela de nossa casa, uma cadeira no fundo da sala de aula, ou qualquer lugar de onde se vêem as coisas.
Para Carolina, no entanto, o tempo passou na sua janela e só ela não viu. Já para Caymi, o mar quebrando na praia é bonito.